A natureza do homem é julgar

Não julgue os outros. Isso é obviamente mais fácil falar do que praticar. Muitas pessoas alimentadas pela insegurança desdenham o trabalho dos outros, veem erros, culpas e má-fé em tudo. Isso os faz pensar que fariam melhor, que produziriam melhores resultados, mas será que a estratégia de colocar os outros para baixo para construir a própria auto estima dá certo? Dificilmente.

Em vez de aceitar incondicionalmente as pessoas por quem elas são, optamos por julga-las. Há muitas razões que nos levam a cair nessa armadilha. Podemos julgar os outros porque não compartilhamos o mesmo pensamento; por que esperamos o pior e na maioria das vezes, porque queremos prejudicar alguém.
Quase todos os pontos mencionados expressam uma visão negativa, pessimista ou fatalista, porque o julgador não espera as coisas fluírem para avaliar, ele não tenta entender o mecanismo de funcionamento do sistema. Precipitadamente ele enxerga o caos porque no fundo ele quer mesmo que tudo dê errado. Há sempre quem culpar.
Somos rápidos para encontrar defeitos nos outros e pronunciar o nosso julgamento sobre eles, sem levar em conta os nossos próprios defeitos ou lidar com nossos problemas, quando somos confrontados.

O ideal seria não julgar ninguém, tampouco a nós mesmos. Devemos ser encorajados a melhorar nossa própria performance diante dos outros e nos nossos afazeres e gastar menos tempo julgando, tentando corrigir ou alterando o que não se encaixa nos padrões que determinamos como corretos.
Sempre que você se pegar julgando, criticando, tente uma abordagem diferente: aceita, entenda e coopera. Isso pode levar a alguns resultados bem mais positivos.

Isto pode ser aplicado a qualquer coisa que você faz: seja com as outras pessoas no trabalho, na política e na mídia. Quando as pessoas dispõem de fórum para debates e não utiliza as ferramentas adequadamente, partindo para o julgamento peremptório ou afobado, incorre em erros, se deixa levar e não contribui. O que faz alguém crer que apenas ela tem o poder de ver o que está errado? Um visionário?
Às vezes somos rápidos para julgar ou formar uma opinião sobre os outros, sobretudo quando nós não conhecemos as motivações. Julgamos e condenamos antes de conhecer os fatos ou verdades sobre um assunto. Há uma citação de Booker T. Washington, que diz: “ Eu não permito a nenhum homem diminuir e degradar minha alma fazendo-me odiá-lo”. É isso que às vezes fazemos quando julgamos os outros, degradamos a nossa própria alma.

Devemos nos importar pouco com o Julgamento dos outros. Os homens são tão diversos quanto contraditórios e é impossível atender as suas demandas vaidosas e satisfazê-los.
Seja autêntico e verdadeiro. Esqueça a plateia, as bravatas e não discuta os erros dos outros apenas para sentir-se a melhor pessoa do mundo. A tendência de julgar uma pessoa como alguém que não tem qualidades positivas é uma estratégia do ego para evitar sentimentos desconfortáveis, são falas para provocar reações emocionais.

Se você julga as pessoas, você não tem tempo para amá-las, teria dito Madre Tereza de Calcutá.

É preciso abandonar a zona de conforto

Para vivermos nossos sonhos, devemos nos esticar para além da nossa zona de conforto e experimentar coisas novas, mesmo quando não sabemos como elas vão terminar. É importante se abandonar ao medo do desconhecido e confiar que seremos capazes de lidar com os obstáculos e desafios. Nem sempre isso significa saltar sem uma rede de proteção, sem qualquer apoio ou conhecimento do que você está fazendo. Significa simplesmente, dar pequenos passos na direção em que você quer ir.

Pessoas que só assumem o que elas sabem que pode fazer bem, são as que vivem dentro da zona de conforto. É uma tendência natural que as pessoas queiram ficar cômodas e seguras dentro de suas realidades habituais, mesmo sendo, às vezes, infelizes. Mas a segurança deve ser encontrada dentro de nós mesmos. Segurança para participar, contestar, entender e mudar. Sair da zona de conforto é o melhor método de promover o crescimento pessoal e profissional. Pisar fora do barro que amassamos todos os dias demanda coragem e determinação. O crescimento, obviamente será proporcional à mudança que promovemos ou ao desconforto que talvez, estejamos querendo experimentar. Eu aprendi a crescer numa sensação, às vezes incômoda, de desconforto. Os desafios não vem mansos e se a mudança não assusta, talvez ela não esteja de fato acontecendo.

Não adianta fazer um acordo consigo para deixar a zona de conforto, é preciso comprometer-se a experimentar um caminho novo, vencer medo, ver para além da fronteira do que os olhos enxergam. Conhecendo bem a si mesmo, você sempre identificará o momento oportuno para uma grande mudança. Cometer erros e de forma responsável aprender com eles é parte desse exercício.
É preciso, assim muita coragem para dar um passo atrás de um trabalho ou produto que não estão totalmente prontos. Mas pensa no prazer imenso de lapidar algo com seu conhecimento, com sua perícia. Como será ser desafiado, estar completamente desconfortável fora da sua zona de proteção? Não é bom estar animado, correspondendo à novas expectativas, lidando com novas estratégias?

A nossa natureza conservadora impede nosso movimento e nossa interação com o que é novo. Mas vale espiar e conhecer novos valores, culturas diferentes, novas políticas que estão sendo implementadas aqui e ali. Não deixa, porém, de ser um desafio encontrar pessoas cujos valores se assemelham aos nossos, mas se quisermos crescer, há um vasto mundo de possibilidades também nos espiando. A zona de conforto nos protege de perigos, muitas vezes, apenas imaginários. Perceba que sair da sua zona de conforto pode ser também divertido, apesar do que sua mente medrosa pode estar dizendo antes de você começar. Mas lá atrás, todos nós um dia começamos algo novo e certamente temos muitas memórias positivas dos riscos que corremos e das chances que aproveitamos. Nada excitante, divertido e importante acontece quando nos calamos.

Muitas pessoas se dispuseram a sair de suas zonas de conforto na semana passada, para discutir temas polêmicos, que podem interferir diretamente na vida dos indivíduos. Sair da zona de conforto também significa estar mais envolvido nas conversas, exercitar pessoalmente os direitos, sensibilizar-se com as situações sociais, ir ganhando coragem, se expondo gradualmente, independentemente de quem você é, onde você mora.
Vivenciar a cultura de apoiar, encorajar e promover a tomada de risco e incerteza, vai deixar você mais corajoso quando chegar a hora de pular de cabeça rumo ao desconhecido.

Mas se você olha para o caminho que você está seguindo e gosta de onde você está, você pode aproveitar o passeio. Mas se você não gosta do destino, a única solução é abandonar sua zona de conforto, saltar e mudar para uma nova pista.

A natureza do amor

O amor desempenha um papel enorme e inevitável em nossas culturas. Discute-se o amor no filme, na música, na novela, de forma séria e densa, ou com certa ironia. É um assunto constante no amadurecimento de nossas vidas, com um tom quase sempre vibrante. Dia 14 de fevereiro ocorre a celebração do amor quase no mundo inteiro. Isto remonta aos tempos antigos, quando as pessoas pagavam honras ao deus romano da fertilidade. Outras lendas envolvem o nome de Saint Valentine ou Valentinus. Em algumas teorias ele aparece como sendo um padre que fazia casamentos escondidos do Imperador Romano Claudius II, que preferia que seus guerreiros fossem homens sem famílias.

A natureza do amor tem sido, desde o tempo dos gregos, um esteio na filosofia, produzindo teorias que vão desde a concepção materialista, em que se vê o amor como um fenômeno puramente físico, um desejo ou elemento genético que determina nosso comportamento, até as teorias do amor intensamente espiritual. O tratamento filosófico transcende uma variedade de explicações, em formatos de declarações ou argumentos sobre o amor e sua natureza e papel na vida das pessoas.

O amor deve transcender o desejo sexual e a aparência física? Como podemos conhecê-lo, compreendê-lo a ponto de fazer declarações sobre o que sentimos pelo outro? Novamente, ele é retratado intimamente ligado às emoções. Mas seria ele uma condição puramente emocional? Sócrates argumentava que vislumbramos o amor, porém sua verdadeira essência pode não ser compreendida por todos.

Outro ponto de vista seria que, aqueles que não o sentem ou nunca o experimentaram, são incapazes de compreender a grandeza do amor e, por isso, sentem apenas desejo físico. Isso porque o sentimento seria para os que possuem as faculdades mais elevadas. Para viver o amor romântico é necessário adentrar-se em outras esferas. Ele é considerado um estágio mais elevado do que a atração sexual ou física por si só.

Um estudo importante, realizado por John e Julie Gottman sobre relacionamentos, constatou que os casais que apresentaram sinais mais evidentes de amor e felicidade são aqueles que nutrem grande amizade um pelo outro. Numa relação amorosa, a amizade permite que cada um seja conhecido como um indivíduo. Sentir que seu parceiro está interessado em conhecer você e dedicar-se a conhecê-lo melhor, faz com que o amor seja mantido vivo e a chama da paixão permaneça forte.

Um casal alimenta a amizade quando trava conversas interessantes e íntimas, porém simples. Basta perguntar ao seu parceiro como ele está se sentindo para criar um diálogo e construir a ligação emocional. Afinal, no relacionamento, cada um deve trazer mais do que o sexo para a vida do outro. A vida a dois deve ser recheada de momentos de diversão, aventura, conversa, carinho e apoio. A conexão deve dar-se em vários níveis. Isso vai aprofundar a natureza do amor dentro do relacionamento. Segundo o estudo dos Gottman, quando os rituais de conexão amorosa são bem feitos num relacionamento, ajudam os casais a celebrarem seus vínculos e ficarem juntos apesar de todos os tipos de provações.

Em todos os textos prevalece a ideia do amor romântico, que na versão de Aristóteles, faz duas pessoas encontrarem no outro a alma das virtudes. O amor, ainda segundo Aristóteles, é algo exclusivo, porque seria um excesso de sentimentos que se revela numa só pessoa.