Voto não tem preço, tem padrão

James Madison – quarto presidente dos Estados Unidos e uma das muitas mãos e cérebros que escreveram a Constituição Americana, pontuou certa vez que as pessoas devem ter virtude e inteligência para selecionar homens de virtude e sabedoria para governar. Disse que se não há virtude entre nós,  que estamos numa situação miserável, porque não se pode supor que qualquer forma de governo vai garantir a liberdade ou a felicidade, sem governantes virtuosos.

A virtude e inteligência deverão ser exercidas por quem seleciona esses homens, a virtude deve estar sobretudo nos homens da comunidade. Então, a questão não é simplesmente confiar nos políticos, mas sim, confiar nas pessoas que estão a escolhê-los. A principal utilidade do voto moderno está na possibilidade de coagir um regime a perder em favor de uma crescente onda de escândalos, de violência e de travessuras políticas ou econômicas.

Considerando o argumento de que a liberdade inspira as pessoas a votar em quem elas querem, não seria necessário gastar tanto dinheiro em campanhas para persuadi-las. Hoje, mesmo com a evolução indiscutível dos sistemas de controle, ainda é simplesmente impossível regular gastos de campanhas e as contribuições efetivamente recebidas de forma minimamente coerente.

Eu não devo vender meu voto pelo maior lance porque seria isso o mesmo que despir-me do mais elementar direito político e da minha liberdade. A rendição dos meus direitos e liberdades em prol do dinheiro seria definitivamente terrível para o status de alguém considerado um cidadão livre. Vender o voto é algo como qualquer outra prática ou operação entre sistemas corrompidos. Como encarar as pessoas de frente, confrontá-las sobre qualquer assunto, se elas sabem que você pode ser comprado a qualquer preço?
Mas essa prática é tão real, na sua gama de resultados onde os ricos, principalmente, mas não necessariamente sempre vencem. Eu acho que faria mais sentido manter o dinheiro fora da política, embora isso seja complicado e nem um pouco atraente para as campanhas.

Porém o que há de atraente a respeito da posição de gastar o quanto quiser para comprar votos clandestinamente?
Quem venderia o voto? Os eleitores pobres, as pessoas mais carentes e que iriam vender por um preço insignificante para o candidato. Os eleitores mais pobres se unidos, poderiam ter grande influencia para mudar a sociedade em seu favor, porque eles podem balançar o sistema político, expressando seus valores. Ao subverter a ordem e venderem seus votos, reduzem sua influencia social em troca de uma ilusão de favorecimento financeiro.

Argumento que o voto não é só um direito, mas é também uma tutela. Você tem o voto não para avançar nos próprios interesses privados, mas a fim de avançar ao encontro do bem público. O eleitor deve esforçar-se para situar o que é bem público e ter boa fé para votar, porque dentro desse raciocínio, vender o voto é alienar um bem público para fins privados.

Gastar dinheiro em publicidade para convencer os outros a votarem no entanto, não se qualificaria como corrupção, mas o dinheiro gasto nas campanhas eleitorais contudo, é uma forma extremamente ineficiente e velada de compra de votos. Meu voto não tem preço, tem um padrão.

Mostre ser um homem honesto, que acredita na democracia e nas lutas cotidianas em defesa desses conceitos que embora imprescindíveis, são frequentemente violados. Eu voto baseada nos princípios morais, valores éticos, voto nos trabalhadores incansáveis , em homens valentes e entusiasmados diante das adversidades. Homens que com ousadia transformam atrasos em inovações. Voto no homem, que mesmo asfixiado pelo orçamento, trabalha em benefício do povo, independente de toda e qualquer condição política e social.
E você, quanto acha que vale seu voto?

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s