Em um mundo onde a violência e a crueldade parecem estar se tornando comum e quase aceitável, muitos pais se perguntam o que podem fazer para ajudar seus filhos a se tornarem mais amáveis e gentis, para desenvolver neles o sentimento de carinho e compaixão pelos outros.
Os pais, é claro, não podem controlar completamente todas as coisas que afetam a vida de seus filhos. Afinal, as crianças passam muito tempo no mundo real, o que muitas vezes é duro, insensível, ou simplesmente infeliz. E as crianças têm suas próprias personalidades e características que os pais não podem alterar.
Pesquisas realizadas na última década indicam claramente que muitos meninos não estão cumprindo as expectativas com relação ao rendimento escolar, enquanto as meninas estão indo muito bem. Por que isso está ocorrendo?
Na década de 60 e 70, havia preocupações quanto ao baixo rendimento das meninas no sistema de ensino. As meninas iam bem nas disciplinas de menor status e eram menos propensas a entrar na universidade do que os meninos que iam bem em matemática, física e química. A posição inverteu-se na década de 90, quando as meninas foram avançando e superando as adversidades. Li e fiquei em dúvida se esta é uma análise imparcial ou se o sistema de ensino foi subliminarmente alterado para atender às meninas.
A pesquisa indica que os meninos estão menos comprometidos com a escola, mais propensos a serem encaminhados para a coordenação e psicólogo da escola, a serem punidos nas escolas e em casa, e quando punidos são suscetíveis a enfrentar penalidades mais severas que as meninas. Os meninos são mais propensos a apanhar em casa e a enfrentar o abuso verbal dos adultos.
Alguns meninos parecem ser negligenciados e, portanto, não desenvolvem bom relacionamento com os professores enquanto a maioria das meninas constroem cuidadosamente essa teia. Muitos gurus da educação de crianças afirmam que os meninos não são mais difíceis de educar, são diferentes e precisam ser abordados de forma diferente, sem denomização.
Os meninos não são menos emocionais , mas são mais estressados emocionalmente e quando estão estressados evitam a fonte do conflito. Sofrem em silencio. Meninos amadurecem mais lentamente do que as meninas e como resultado são mais lentos para desenvolver o controle de seus impulsos. Talvez isso justifique o registro de que noventa e cinco por cento dos homicídios juvenis ocorridos no mundo são cometidos por meninos.
Educar meninos pode significar muito mais do que observar o desempenho acadêmico dos mesmos; o enfoque deveria ser o desenvolvimento de toda a essência espiritual, moral, emocional, intelectual, física e social desses homenzinhos. Em resposta as preocupações sobre o desenvolvimento ético das crianças, muitos estudiosos sugerem programas de educação de caráter do qual a cidadania é uma parte. Isso reforçaria em todos os graus a compreensão de seus direitos e obrigações como cidadãos.
Porém nada se iguala ao papel único que os pais desempenham na vida dos meninos. Os meninos cujos pais são emocionalmente próximos e altamente envolvidos são mais propensos a obterem bom aproveitamento escolar e são menos inclinados a cometer atos delinquentes. A pesquisa mostra que o fator mais influente no desenvolvimento da empatia de um menino é ter o pai envolvido no seu cuidado diário.