O ano é 2014. As eleições estão aí. Em apenas quatro dias estaremos exercendo nosso direito de escolher os políticos que nos representarão. Tempo para pensar, conhecer e escolher tivemos, agora, é só comparecer a zona eleitoral convicto de que fez a melhor escolha e aguardar o resultado. Somos 142,8 milhões de eleitores, mais da metade são mulheres, para votar em candidatos majoritariamente homens. Ainda não foi desta vez e a parcela feminina ainda é inferior à exigida pela legislação brasileira, que assegura 30% das vagas de candidatos para as mulheres. Em relação à escolaridade, quase metade dos candidatos tem curso superior, enquanto apenas 5% dos eleitores tem formação universitária.
O próprio eleitor abriu mão do voto secreto. Parece estar na moda declarar-se ao candidato nas mídias sociais cuja penetração nesta campanha teve repercussão absolutamente positiva, trazendo um clima de verdade, com a publicação de declarações e informações sobre o abusos e irregularidades. Isso não deveria ser um problema, mas a transparência tem causado tensão elevada aqui e ali. Ambos, os eleitores e os candidatos estão amarrados aos aplicativos da internet, num sistema de monitoramento que transforma as eleições numa guerra baseada em fatos e muitos boatos. Líderes políticos atuais são fortemente dependentes de ferramentas tecnológicas como celulares, Internet e mídia social.
No mundo virtual, as eleições 2014 começaram muito cedo, até pareceu um processo contínuo desde as eleições passadas, com as assessorias desempenhando o papel fundamental de não deixar cair no esquecimento os arranjos políticos iniciados há 2 anos. A democracia da internet tem sido amplamente utilizada pelos ativistas políticos para disseminar contra informações, ou seja, imputar informações falsas no meio das verdadeiras, principalmente nas fontes confiáveis. Os profissionais do marketing têm vários objetivos ao injetar esse tipo de material na internet, mas a razão primordial é manipular o discurso on-line, fomentar uma verdadeira guerra com memes virais, ferramentas de humor, que desarma ou propaga uma notícia com ironia e escracho.
Eu, particularmente gosto de receber os discursos produzidos em Live Streaming, que posso assistir ao vivo, onde estiver; as postagens feitas no Facebook, se não geram debate apaixonado, pelo menos permitem o acompanhamento da movimentação da agenda dos candidatos. As pessoas foram confiando e abraçando as mídias sociais para propagarem tendências ideológicas ou apenas para replicar fatos e dar mais visibilidade aos candidatos de sua preferência. Não é regra, mas creio que a internet concedeu poder as pessoas, para exporem suas preferências, importando-se cada vez com o julgamento dos outros.
No bom sentido, a internet tem funcionado como um eficiente dispositivo portátil, propiciando uma comunicação contínua entre os candidatos e os eleitores, compartilhando imagens, mensagens e volume de campanha.
Votar é algo tão incrível quanto ameaçador que o senador americano Fran Millar, do partido Republicano, anunciou semana passada não concordar e estar preocupado com a decisão do governo de facilitar o acesso ao voto nas eleições em final de outubro, ampliando o número de urnas e locais de votação, sobretudo em regiões da periferia. Segundo o Senador, isso pode elevar o número de eleitores negros e outras minorias e pode ferir o domínio Republicano na área e além disso, o Senador preferiria receber votos de pessoas mais educadas do que dos africanos americanos. O eleitor escolhe, o político, quando muito, pode espernear.