Eu não menti para você

Ignorância não é apenas não saber. É também uma criação maledicente para que as pessoas não saibam a verdade sobre as coisas que importam. Vivemos num mundo de ignorâncias plantadas e, mesmo que os conhecimento seja acessível, nem sempre é acessado e as pessoas continuam subtraindo conhecimento da tradição, da religião e o que é pior, da propaganda.

Com isso, vamos perdendo nossa capacidade de decidir levando em consideração as informações que poderiam nos beneficiar mais. Estamos cedendo muito facilmente aos encantamentos do mundo de respostas instantâneas. Devemos consultar mais, ouvir mais e mesmo com toda a imperfeição que permeia nossos seres, podemos nos reinventar a cada dia, contando com a imprevisibilidade, juntando pedaços, buscando um novo formato para nossas vidas.

Podemos crescer misericordiosos, enfrentar os infortúnios, aprender a fazer escolhas corajosas, em vez de ficarmos navegando num mundo de felicidade imaginária ou de caos induzido. A ignorância cria a ilusão de facilidades ou a paranoia de enxergar demônios em toda parte.

A vida boa não é uma coisa nem outra. Não se trata de colecionar tampouco repartir infortúnios.

Planos, assim como mentes e circunstâncias mudam. Estou cada vez mais convencida de que devemos procurar, acima de tudo, a simplicidade e não pode haver muita distancia entre o que somos e o mundo em que vivemos. A mente deve ser capaz de dar saltos que não machuquem o coração. Muitas vezes é mais confortável crer no tangível, no que o olho captura.

Ir além disso, almejar o que não se pode ver, pode ser pista de leve delírio… mas que assim seja!

Eu não minto para você quando digo que bem-aventurados são os  sonhadores, os poetas e aqueles cujos corações podem dançar em meio as incertezas; aqueles que são capazes de iluminar a vida com seus sorrisos; os corajosos que cruzam as pontes, rompem fronteiras de um lado para outro, porque acreditam que somos apenas uma raça, e almas irmãs.

Bem-aventurados os que acreditam na realidade e no milagre que só amor promove.  Bem-aventurados os que ousam ser melhores filhos, melhores pais, melhores seres humanos. Esses podem negociar com Deus suas mortalidades.

Estes podem visitar mais lugares, esquecer de tirar fotos e, usar a mente para recordar o que tem vivido. Que a dor e seu significado nos aflijam cada vez menos e que saibamos fazer ajustes nas nossas vidas até chegar ao ponto onde todas as distâncias necessárias tenham sido percorridas e todo o aprendizado tenha sido colocado em prática.

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