O PMDB foi novamente o partido que mais elegeu prefeitos no país. Mérito que o partido conquistou também em 2004, 2008 e 2012, quando era governado pelo PT e agora polariza com o PSDB, a liderança nas Capitais.
A cidade do Rio de janeiro acabou dando o exemplo de um colégio eleitoral independente, ao eliminar os candidatos que exibiram comportamentos inadequados; Flávio Bolsonaro e a homofobia herdada e os deslizes agressivos do candidato João Paulo, acusado de agredir a ex-mulher.
O poder sai definitivamente das mãos do PMDB e a disputa fica cerrada em posições díspares, o bispo da Universal de um lado e o “libertário” do Psol do outro lado.
São Paulo surpreendeu ao eleger João Dória, candidato novato, em 1º turno, mas redimiu-se e elegeu o veterano político Eduardo Suplicy, que de senador sai a vereador mais votado da história da cidade de São Paulo.
Nem perplexa nem decepcionada com o resultado da eleição em Cuiabá! 17 capitais brasileiras terão novas eleições em 30 de outubro. Aqui, aconteceu o que todos esperavam. O Procurador Mauro fez pouco mais do que segurar os 58 mil votos que tivera em 2014, quando saiu candidato a deputado federal. No panorama geral do Estado, o PSDB faz o maior número de prefeitos; considerando a questão de gênero, 15 mulheres comandarão cidades em Mato Grosso, em 2012 foram eleitas 20 prefeitas.
Considerados eleitos, muitos perderam, o que vale dizer que algumas pesquisas induzem a coordenação de campanhas ao erro ou candidatos teimosos ignoram o rumo apontado pelas pesquisas. Não dá para fazer coro a máxima de que não se transfere votos. As vezes sim, e isso depende da conjuntura, do engajamento! Veja o caso de Sinop, o Juarez fez a sucessora.
Com relação à reeleição seguimos com a mesma ideia de que não há verdade absoluta sobre o tema. Alguns prefeitos candidatos à reeleição deram show, arrebanhando a média de 70% dos votos; porém 33 candidatos à reeleição não conseguiram se reeleger e há nomes inacreditáveis como Pitucha, de Alto Garças, Rossato, de Sorriso e Percival, de Rondonópolis.
Comparando, é praticamente a mesma proporção dos prefeitos com mandatos que se reelegeram e que perderam. Enfim, no topo por muito tempo, a não ser os ditadores, somente Jorge Sória, um tipo de prefeito vitalício, que há 27 anos administra a cidade portuária de Iquique no Chile.
Permeada pela crise econômica e pelo enxugamento proposto pela mini reforma política, sobretudo quanto a doação provenientes apenas de pessoas físicas, a eleição ocorreu sem a pirotecnia dos megamarketeiros. Os candidatos ficaram em posições relativamente igualitárias. Valeu andar de casa em casa, olho no olho, a credibilidade, a confiança. Acho que todos os que concorreram devem ser unânimes em repetir o apóstolo Paulo:
“Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé.”