Incômodo diante das expectativas

Há incômodo diante das expectativas, dos discursos coerentes que não mais inflamam as massas, mas que falem da sólida reorganização do desenvolvimento econômico e social do país e do estado. As curtidas agora virão dos posicionamentos sérios, da comunicação sem retoques, sem marketing. Hoje a calma sucede à paixão.

Todos queremos um governo que implante medidas de gestão eficientes, sobretudo diminuindo o tamanho gigantesco da máquina pública, combatendo o desemprego, que impeça diante de medidas realmente enérgicas, a prática da corrupção, que dê escola decente ás nossas crianças e ampare, na velhice os que muito já contribuiram para a  construção da Nação. Todos nós sabemos que para implantá-las, contudo, é necessário alterar leis, negociar assinaturas, submetê-las à votação e esse complexo processo passa pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Nada tão simples, mesmo tendo virado à página das disputas eleitorais.

Estabelecer uma rotina de diálogo, de argumentação não ideológica e convencimento é um processo novo para muitos parlamentares e governos que emprestam ao povo seus conhecimentos fragmentados. Os desafios que virão por aí, passa pela forma de comunicar com os correligionários, adversários e com o povo, em geral. Os  “rachas” iniciais, disputas internas pelo poder e ruídos na comunicação são normais, entretanto, por trás das frases ditas com efeitos morais, religiosos e protecionistas é preciso haver conteúdo, propostas de políticas públicas equilibradas, contidas na forma e na realidade da existência de recursos financeiros para implementá-las.

As palavras precisam ter exatamente o significado que se quis dar a elas, para  não ter entrevistas seguidas para reparação de “coisas ditas”, que geram desgastes. Nenhuma reforma, superficial e legal que seja, deve tramitar em velocidade suspeita, sem discussões amplas. O protagonismo deve ser as reformas. Em toda esfera de governo que há alternância de partido ou grupo político há na mesma medida, muita especulação quanto aos números, aos rombos deixados nos cofres públicos, mesmo que de antemão tenham tido acesso a esses números.

A eleição é um processo passado e muitos eleitores agarraram-se aos eleitos como à uma tábua de salvação para ter emprego, saúde digna, educação de qualidade, segurança. Pelo menos isso e se os recursos alcançarem obras de infra estrutura ou finalização de obras paralisadas, adormecidas sob o manto do recurso público mal aplicado, a missão do mandatário estará bem cumprida.

A  política apresenta alternativas para todas as áreas e é predisposição do meu espírito tomar os homens pelas ideias mais elevadas que eles refletem, portanto, com diálogo há de ser encontrada uma solução razoável para a questão dos salários atrasados, além dos cortes e do escalonamento; que tenhamos respostas rápidas para as denúncias de corrupção e que um processo dinâmico de auto-crítica se instale em todos os níveis do governo para que os erros e picuinhas não se repitam, pois do descontrole das finanças do estado decorre o atraso salarial dos funcionários e  isso, em cadeia afeta muitas outras áreas dentro das estruturas familiares.

Depois da primeira semana, baixada a euforia das posses, esperamos que o estado, que novamente registra safra recorde, tenha as finanças reorganizadas e as atividades ordinárias da governança sejam percebidas em todas as partes, onde ainda há desvalidos   que comem porque recebem ajuda governamental.

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