L´INDIGNATION EST UN
PROCESSUS
DÉMOCRATIQUE
Quando um evento triste ou violento ocorre temos a tendência de expressar nossos sentimentos, quase sempre permeados pela indignação. Decorre daí, experimentarmos dois tipos de indignação.
Primeiro, a indignação relacionada diretamente ao fato que nos chocou e logo depois, como se estivesse corrigindo o exagero desta, a indignação escamoteada em espanto por termos nos indignado, com a violência já naturalizada ou com sofrimentos já sabidos inevitáveis.
Vivemos em sociedade e inúmeros conjunto de atitudes não mais como retornar. A vida moderna nos ensina que é para frente que devemos seguir, independente do que deixamos ou vemos lá atrás. Carregamos os exemplos, as lembranças e deixamos as sujeiras escondidas atrás dos tapetes que negamos levantar.
Indignar não é nenhum ato de redenção. É um susto involuntário. Não é nenhum elemento novo, amigo. É a mente pressionando para que não nos esqueçamos dos valores que tentaram incutir na nossa educação; viver com ética, sermos bondosos e tolerantes.
Quem, imperfeitos como somos, nunca pensou em passar do desejo à atitude de maltratar alguém que lhe fez algum mal? Porém, as duas indignações não permitirão o revide. Pois que, o mal causado por outro lhe indignou e o seu pensamento, ainda que tênue de fazer o mal, causa a segunda indignação.
Melhor aprender viver combatendo a percepção ingênua da completude e interpretar nossa história fixadas nas impossibilidades e que a indignação seja nosso estado de lucidez!