Tem que ter o que mostrar

Quem trabalha com política sabe que cada minuto é crucial para o bom andamento do planejamento de uma campanha. É gratificante quando uma campanha ganha a mente e o coração dos eleitores por meio de uma estratégia de marketing cuidadosamente elaborada, humanizada, que divulgue uma mensagem crível.

Os políticos são quase todos indomáveis. Mais ainda agora com a novidade da eleição sem coligações partidárias, portanto, cada candidato por si e os maiores, com passos largos à frente.

A política é uma atividade complicada. Dá enorme visibilidade e poder. E se exercida com seriedade, também tolhe, exige abnegação e expõe.

Os partidos já estão em plena preparação para as eleições municipais em 2020, buscando adesão de lideranças com perfil político e não estão se antecipando muito não. O pleito municipal é algo grandioso, em números. Na última eleição, a Justiça Eleitoral registrou quase meio milhão de candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador nos 5.568 municípios brasileiros. (Exatamente 496.894 candidatos).

A tecnologia certamente continuará sendo uma grande aliada das produções de conteúdo de campanha, mas vale lembrar que nas eleições municipais nada substitui uma visita ao bairro, uma batida na porta, uma boa conversa para relatar as práticas diárias. Passou o tempo das campanhas envoltas em pirotecnias e superficialidade.

Vale muito ter o que mostrar.

Apesar dos números grandiosos, a eleição municipal não rende muito entusiasmo na mídia tradicional, mas grandes batalhas ocorrem nesse paralelo entre o desinteresse, a falta de informação e as “fakes News”.

Para combater as “fakes News”, há um acordo entre a Câmara e o Senado para aprovar, antes de outubro, um projeto de lei que possa coibir a proliferação de notícias falsas durante o pleito eleitoral de 2020.

As eleições municipais tem muito a ver com educação gratuita, bons serviços de saúde, distribuição de água, geração de emprego, pautas que em geral resultam na inquietação diária das famílias menos favorecidas.

Um ponto que vale muito observar é como as nossas cidades sairão das eleições, se transformadas em zonas conservadoras, liberais ou oposição. Esse é um legado interessante do processo eleitoral nos municípios ano que vem.

A escritora mineira, Adélia Prado, ao perceber a aproximação da eleição, certa vez escreveu: “Ô-vida, meu Deus. Pior é que eu já perdi a inocência para os partidos, então quando falam em ‘os estudantes‘ ou ‘as donas de casa‘ eu saio no meio do discurso, seja quem for, porque não acredito que a humanidade se salvará por uma de suas classes. Não quero ser governada por operários enfatuados, deslumbrados por terem a chave do cofre. Quero que me governe um homem bom e justo, que cuide para que chegando a noite todo mundo vá dormir cedo e cansado com tanto trabalho que tinha pra fazer e foi feito”.

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