No momento em que somos confrontados

A política se torna prejudicial quando você menospreza os outros para manter suas opiniões. Porém, não tem nada a ver com a inteligência  fato de uma pessoa não mudar de ideia acerca de qualquer assunto que discuta. Entretanto estamos mais abertos a mudar de ideia em tópicos mais amenos.

Li um artigo da colunista e escritora americana Arianna Huffington sobre o quanto a política está nos deixando psicologicamente doentes e ampliei a leitura sobre o tema. Os psicólogos têm ventilado uma possível razão pela qual as crenças políticas são tão teimosas: identidades ideológicas ficam vinculadas a nossas identidades pessoais, o que significa que um ataque às nossas crenças é fortemente defendido pelo cérebro.

Quando somos atacados, fugimos ou nos defendemos – como se tivéssemos um sistema imunológico para pensamentos desconfortáveis. Quando nosso eu se sente atacado, nosso cérebro lança mão das mesmas defesas que ele tem para proteger o nosso corpo.

Temos a tendência de levar os ataques políticos para o lado pessoal. Em um estudo publicado no Scientific Reports,  40 profissionais liberais que declararam ter convicções políticas firmes, foram colocados em um tipo de scanner de ressonância magnética. A questão do estudo era a seguinte: ver o que acontece no cérebro no momento em que somos confrontados com um argumento que contraria nossas identidades ideológicas e partidárias.

Chegaram a conclusão que quando os participantes foram desafiados em suas crenças mais profundas, houve mais ativação nas partes do cérebro que se acredita corresponder à preservação da identidade.

Logicamente a pretensão não era estudar a teimosia partidária em si, mas entender o que acontece no cérebro quando resistimos a mudar de ideia. O estudo pode ser limitado, entretanto é uma evidência intrigante que confundimos desafios ideológicos (com boa argumentação) com insultos pessoais.

Os resultados são intrigantes porque mostra que o cérebro processa informações politicamente carregadas de maneira diferente e com mais emoção do que processa fatos mais mundanos.

Pessoas de todas as faixas políticas experimentam ansiedade e alienação por causa da política – a questão é como lidamos com isso.

A política é uma ladeira escorregadia, especialmente com tensões recentes. Há uma tempestade de opiniões, argumentos e ideias voando por todo o país. A política pode facilmente se tornar um relacionamento tóxico, quando colocamos os outros para baixo. Contudo, podemos trazer da seara política uma atmosfera mais tranquila, respeitando as opiniões dos outros, sendo capaz de defender as crenças com fatos e dados, evitar brigas apaixonadas por quaisquer crença ideológica e saber que não há problema em discordar das pessoas, até porque política tem tudo a ver com ambiente de ideias conflitantes.

As naturezas da traição

É um fato da vida. Traições acontecem. E não raramente quando estas acontecem, os relacionamentos já estão deteriorados. Traição não tem graça nenhuma e as traições não tem que ser propagadas, tampouco perdoadas como ensinou a filha do apresentador Silvio Santos, Patrícia Abravanel num programa na TV aberta. Uma moça bonita e estúpida, que não se dá o valor.

Grande número de relacionamentos são impactados pela infidelidade. Trair é trapacear, trazer trauma e drama para a preciosa vida de quem perde tempo com alguém que não corresponde. Trai-se por falta de comprometimento.

A frustração no casamento é também um gatilho comum e isso pode não tão dificilmente acometer o marido da Sra Abravanel.  Mas aí, não tem problema. Traição e perdão se encontrarão.

Trapaças ou infidelidade são grandes tabus sociais e muitos que foram traídos podem atestar o quão destrutivo isso pode ter sido. A traição traz questionamentos profundos sobre si mesmo e pode destruir completamente a auto estima de alguém.

A infidelidade, por sua natureza, é baseada em desonestidade, de modo que os trapaceiros não são honestos sequer sobre o motivo de terem traído. Inventam estórias, criam fantasias, desmerecem o outro.

Pra que anunciar publicamente que a traição será perdoada? Ou seja, já libera o amado para viver um súbito interesse por outra pessoa e ainda recolhida à ignorância admite que deve-se perdoar quem trai. Por que? Porque bons momentos da vida foram envoltos em mentiras?

Sei que devemos respeitar a opinião alheia, mas quando o alheio é também público, não há porque conter. A Sra Abravanel não deve saber que muitas pessoas que traem não procuram estar com outra pessoa; eles estão procurando ser outra pessoa, sentir-se como uma pessoa diferente ou pode ser que em dia o amado sinta-se pressionado e infeliz com as responsabilidades de certos papéis (marido, pai, parceiro).

A traição, se não causar desmantelamento no casamento da Sra Abravanel, por certo causará desgosto e isso poderá impactar uma gama de variáveis em sua vida e pode impactar a escolha de um novo parceiro no futuro ou ela pode acabar se contentando com menos do que merece ou aguentando mais do que deveria por ter a auto estima ferida.

Não basta muitos de nós nos sentirmos traídos em algum momento de nossas vidas familiares. Isso pode acontecer de muitas maneiras, com pessoas diferentes. Mas de onde quer que venha, qualquer que seja a forma, causa algum grau de sofrimento. Na vida profissional, geralmente ocorrem acordos espúrios. Um cai. O outro trai e ocupa a vaga de quem dedicou-se.

É fato lamentável que muitas pessoas vivem ignorantemente, inconscientes e hipnotizadas pelos bens materiais que que produziram.