Falsos especialistas – efeito Dunning-Kruger

Antes de ter a chance de processar um acontecimento, já estamos nas redes sociais fazendo uma leitura superficial de todas as opiniões apressadas já publicadas, quer seja sobre a guerra na Ucrânia, vidas particulares de personalidades ou a “graça constitucional” concedida pelo presidente Bolsonaro ao deputado e aliado político.

Muitas vezes, me pergunto se devo me manifestar sobre determinado tema, para depois não sentir aquela pontada de arrependimento por não haver lido antes sobre o assunto, por ter sido superficial, irônica ou por não ter sido clara na minha posição. Li o post do ex-procurador da República, ex-senador e ex-governador Pedro Taques sobre a “graça constitucional” concedida pelo presidente. Pedro Taques é um dos maiores constitucionalista do país, quem sou eu para comentar abaixo? Aplaudi!

Interação quente simplesmente não vale a pena. Antes de comentar um tópico, não se auto censure, respire, analise se o comentário não criará problema ou controvérsia inútil promovida pelo momento de calor, além disso não abra mão de demonstrar empatia diante das dificuldades dos outros antes de clicar em postar o comentário.

A reflexão é sobre o que há por trás do motivo pelo qual nos sentimos compelidos a avaliar, opinar e a participar de quase tudo nos dias de hoje, sem esquecer, portanto, que somos criaturas sociais. Criaturas sociais, seres emocionais, impulsivos, opinativos que querem entrar em contato, querem fazer parte da tribo, se solidarizar, criticar e comungar com outras pessoas usando o maior megafone que já possuímos; as mídias sociais, que de ruim, apresenta o fato da falta de hierarquia, onde a opinião de todos é tratada da mesma forma.

Os psicólogos americanos David Alan Dunning e Justin Kruger, em estudo, que tornou célebre no ano de 1999, demonstraram que pessoas com baixa habilidade em uma tarefa tendem a superestimar suas competências, sobretudo, em público. O efeito Dunning-Kruger é o nome dado ao um fenômeno quando alguém sabe pouco sobre um assunto e já se julga especialista. Enquanto isso, os especialistas de fato reconhecem que o tema é muito mais complexo do que eles próprios supunham inicialmente. Essa é a tendência dos menos competentes ou versados em um assunto superestimar suas habilidades, creditarem a si títulos de especialistas e apresentarem resultado de suas próprias pesquisas.

Por exemplo, no momento presente, sobre a invasão da Rússia à Ucrânia, ler artigos dos especialistas militares, funcionários de relações exteriores, é muito útil para formar a opinião sobre a invasão e bombardeios que já duram dois meses. Ao contrário disso, a maioria das pessoas nas mídias sociais acredita que sua opinião é equivalente a de um estrategista militar. Isso perpetua o problema que leva os não especialistas a fornecer conselhos de “nível especializado”.

Em vez de correr para postar, corra para ler e entender que o fato da Ucrânia contar com apoio da ONU, OTAN, União Europeia, dezenas de países importantes como Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá não significa o fim da guerra. A ONU acusa a Rússia de crimes de guerra e a Rússia segue acirrando tensões, cometendo crimes e causando grande impacto na geopolítica da região, diante da alegação dúbia de muitos líderes de governos de que é preciso evitar um confronto militar direto com a Rússia. 

Aprecio debates e conversas saudáveis com as pessoas on-line ou presencial sobre tópicos diversos e não acho que a internet seja um ambiente “terra de ninguém”, onde as discussões possam prosperar, sem responsabilidade.

Tenho milhares de dúvidas, procuro novas fontes ou amigos que tenham um ponto de vista mais especializado sobre o assunto que quero comentar, aproveito para aprender, formar minhas próprias opiniões e munida com informações corretas, posto, sempre.

Excesso e moderação

Os autores clássicos concordavam com a importância da moderação mas também deixavam claro que não é uma virtude fácil. Tácito a chamou de “a mais difícil lição de sabedoria”, Horácio ligava a moderação a todas as coisas boas mas difíceis de alcançar na prática. Platão destacou tanto a importância quanto a dificuldade da moderação em A República, onde a definiu como a virtude que nos permite temperar nossas paixões, emoções e desejos. Aristóteles na Ética a Nicômaco, definiu a moderação como um meio-termo entre extremos, uma virtude que “um mestre de qualquer arte está sempre buscando”. É uma virtude desafiadora.

A moderação como temperança também ocupa um lugar-chave na tradição cristã, na qual é considerada, juntamente com a prudência, uma virtude cardeal. O teólogo cristão São Tomás de Aquino, argumentava que a moderação não é incompatível com fortaleza, coragem e sabedoria. Ninguém pode ser sábio e corajoso sem ser, ao mesmo tempo, moderado.

Na visão comum, a moderação é comparada à indecisão, fraqueza, oportunismo e covardia. Aos olhos de quem defende essa interpretação, a moderação aparece como uma virtude branda, incoerente e indesejável, o oposto da firmeza e clareza de propósito. “A moderação se vê como bela”, disse Friedrich Nietzsche, “apenas porque não sabe que aos olhos do imoderado ela parece negra e sóbria e, consequentemente, feia”.

O tempo recente nos apresenta a hipermodernidade, como uma cultura paradoxal, que combina o excesso e a moderação, o tempo acelerado, a vida em regime de urgências, os horários estão cheios e a vida tem que ir além do mundo do trabalho, precisamos de divertimento, lazer, alimentar o espírito. Surgem aí as construções mais personalizadas dos usos do tempo: uma necessidade de melhor organização individual da vida.

Em Os Tempos Hipermodernos, Gilles Lipovetsky, filósofo francês, teórico da hipermodernidade, elege temas como individualismo, o exagero, a ética, moda como as  características de uma sociedade de consumo estabelecida sob o signo do excesso, um frenesi de mudança, insegurança em relação ao futuro, com a proliferação de estudos, mestrados, doutorados, pesquisas e desenvolvimentos de medicamentos e terapias para garantir que a sociedade hipermoderna tenha um futuro conciliador. A despeito de comportamentos excessivos, há o outro lado das pessoas, investindo na vida saudável e na paz interior. Logo, se de um lado há o excesso, o consumo exagerado, a correria, a competitividade, de outro há a recomposição de certa ordem no comportamento, esse paradoxo, essas normas contraditórias são características marcantes da hipermodernidade.

Lipovetsky analisa a procura atual pela leveza na vida, sem no entanto dispensar a obsessão pela performance profissional e pelo reconhecimento social e incrivelmente prova que estes paradoxos se sustentam. Apesar de toda atribulação, de estarmos sempre à beira de um furacão, estamos, ao mesmo tempo criando sistemas para tornar a vida mais leve, investindo em instâncias de leveza, tanto no mundo digital, no divertimento, no lazer, na espiritualidade.

Por isso o sucesso do budismo, da ioga, das práticas esportivas, das atividades artísticas. A medida que a pressão da vida privada fica mais difícil, as pessoas vão buscar cada vez mais meios de aliviar o peso de sua vida com atividades psicoespirituais que funcionam como uma espécie de remédio. Isso vai continuar porque não há alternativa. A novidade do mundo hipermoderno é justamente essa busca pela moderação, porque sabemos que amanhã haverá ainda mais competição, mais peso e aí, serão consumidos mais antidepressivos e espiritualidade.

Se nossos excessos se dão por medo, como de perdermos o emprego, de nos tornarmos irrelevantes, de deixarmos como herança aos nossos filhos uma vida precária, é praticamente inevitável que respiremos essa atmosfera de desassossego, ansiedade e confusão por muito tempo, a menos que aprendamos a ajustar as velas do navio para o modo moderação, para evitar que ele naufrague em tempos de excesso.

Reconfiguração das forças políticas

Deputadas e deputados federais ou estaduais que pretendiam trocar de partido antes das eleições 2022 tiveram 30 dias para fazê-lo sem perder o mandato por infidelidade partidária. Chama-se a esse “arranjo” de janela partidária, que terminou no dia 1º de abril passado, entre desconfortos e construção de novos projetos. Essa regra está prevista em lei e o entendimento é que o mandato dos parlamentares (deputados e vereadores) pertence aos partidos e não aos candidatos eleitos. Toda essa reviravolta partidária que ocorreu na última semana mostra a complexidade do sistema eleitoral brasileiro, da qual os parlamentares têm se aproveitado para se reacomodar no sistema.

Do ponto de vista político, os parlamentares devem mudar de partido quando  perceberem que seus pontos de vistas não mais estão alinhados com a linha de conduta adotada pelo partido ao qual estão filiados, porém, n prática, a decisão e os critérios da mudança de partido tem muito mais a ver com a possibilidade de se aumentar as chances de se eleger ou para juntar-se interessadamente ao grupo dos líderes nacionais que apoiam. Essa contextualização justifica o reposicionamento de muitos parlamentares federais e estaduais que migraram para o PL, partido do Presidente da República, que da noite para o dia se tornou a maior bancada da Câmara Federal no momento, saltou de 33 para 78 deputados.

De muito bom, houve a significativa diminuição no número de partidos que disputarão as eleições em outubro próximo. Na última eleição geral de 2018, 30 partidos elegeram representantes, com as fusões e trocas de legendes, o número de partidos caiu para 23.  

Praticamente nada na política é constante, as mudanças de partido ocorrem antes mesmo da abertura da janela partidária, principalmente nos casos de fusão de partidos e registro de novos partidos, o que não implica em perda de mandato para quem migra. Não é um troca-troca fechado em si mesmo, segundo o cientista político João Beato a troca de partido no ano eleitoral permite uma reconfiguração das forças políticas no cenário das eleições, sem que partidos ou mandatários sejam prejudicados, por outro lado, uma mudança de partido ocorrida em decisão solitária, pode influenciar negativamente o eleitor, colocando o candidato em risco de perder, sobretudo projetos de reeleição, se a mudança não for discutida com os apoiadores políticos.

Os dirigentes partidários do estado atravessaram meses em conversas públicas e de bastidores para a construção de candidaturas fortes, de puxadores de votos para eleger uma boa bancada na Assembleia Legislativa e pelo menos um deputado federal, o que muda radicalmente a configuração do partido em termo nacional e é responsabilidade de todos os dirigentes ajudar a cumprir a cláusula de desempenho, que fixa número de deputados federais eleitos para que os partidos possam ter acesso e quanto receberão do fundo eleitoral partidário.

No estado tenta-se construir, até o momento, sem sucesso, um grupo de oposição para disputar contra o governador Mauro Mendes, que com o caixa equilibrado segue para uma agenda recheada de lançamentos e inaugurações de obras. Dos 24 parlamentares estaduais, 11 mudaram de partido, aproveitando a janela partidária: Allan Kardec, que concorre a deputado federal, Sebastião Rezende, Xuxu Dal Molin, Dr. Gimenez, Wilson Santos, João Batista, Faissal, Elizeu, Claudinei, Cattani e Ulysses.

Uma das principais discussões no país neste momento trata da nova tentativa de construir uma terceira via como alternativa à polarização entre Bolsonaro e Lula. Há tempo porque nenhuma construção em andamento traz somente elementos novos. Há composições com políticos que vem de eleições bem sucedidas para governo e senado, outros não foram bem sucedidos, mas o nome ficou massificado. E a eleição é a soma de todos esses contrastes e arranjos.

A cegueira do conhecimento

Se existe profundidade é preciso que ela suba à superfície. Porque hoje a superficialidade se impõe à profundidade”, diz o filósofo alemão Peter Sloterdijk, para quem a vida atual não convida a pensar. Precisamos nos renovar sem nos fechar nos modismos.

A humanidade é una e diversa porém, estamos nos mostrando adaptados para agradar, para receber elogios, estamos lendo o que se comenta nos grupos porque pesquisar tem sido até certo ponto, um exercício doloroso de resgate de uma vida, que tornou-se esvaziada pela pressa e pela superficialidade a que estamos submetidos nas práticas diárias. Dos baques sofridos não temos aprendido quase nada. Tomados pela vaidade, deixamos para trás o frescor dos fins de tarde e nos trancamos vencidos pelo cansaço de um dia vivido em colisões frontais por espaço político, para manter uma posição, para manter o relacionamento corroído pela aspereza. Enfim, temos sido aprisionados pela rotina, condicionados à incerteza, a falta de contextualização, de ponderação. Não estamos aproveitando a passagem do tempo a nosso favor.

O sociólogo francês Edgar Morin, numa entrevista disse: “Não ensinamos a compreensão do outro, que é fundamental aos nossos dias, não ensinamos a incerteza, o que é o ser humano, como se nossa identidade humana não fosse de nenhum interesse. As coisas mais importantes a saber não se ensinam”.

Morin, que não se cansa de debater a relação entre a razão e a emoção no pensamento complexo, estamos perdidos, irremediavelmente perdidos. Estamos perdidos e falhamos porque nem todos tem uma casa, um lar, falhamos na proteção do nosso planeta, falhamos porque não fomos capazes de viver integrados o homem e a natureza. A natureza humana está perdida.

Segundo Morin, estamos perdidos e essa pode ser a nossa salvação, se explorarmos as brechas, as frestas por onde entram o ar fresco das metamorfoses que proporcionam as mudanças.

Como disse o poeta T.S.Elliot: “no meu fim, está o meu começo”. Quando um sistema se desintegra dá lugar a um outro. Devemos reformar nossas vidas, abandonar o ciclo artificial onde os valores são reduzidos na ostentação de roupas, cargos, comida, jóias e carros. Para restaurar a natureza do humano é preciso bem mais. É preciso crer na autonomia, conservar a unidade, respeitando a diversidade humana, acreditar que pensar é iluminar caminhos, é validar projetos humanizados, é escolher o melhor, é conhecer os riscos seguir seguro rumo aos desafios.

As necessidades e potencialidades deveriam nos levar a um placar de empate, no entanto, temos negligenciado nossos valores interiores. Não lemos porque tememos não compreender, não estendemos a mão, porque tememos ser tocados, não ouvimos o outro, porque colocamos nossas verdades acima de tudo. Sinceramente?

Se um dia nos fizeram simples, nos afastamos dessa natureza e resgatá-la é o serviço de emergência que vai nos devolver os movimentos vitais. O bem-estar não é apenas material. Devemos mergulhar em nossa profundidade e dedicar tempo às amizades, leituras, pensamento crítico, tolerância e respeito; coisas e sentimentos que habitam o lado profundo da vida e, tão somente, apenas esporadicamente tem emergido à superfície para serem pinçados aqui e ali para nos mostrar que há um mal-estar quando se vive acomodado na superfície, seguindo a moda, o grupo, sem acrescentar contribuição alguma porque você se fez sombra.

Edgar Morin estudou a superficialidade da sociedade contemporânea, o mal-estar de vivermos desapegados da boa educação e da cultura transformadora. Críticas que chamou à atenção da Unesco, que convidou o sociólogo para sistematizar um conjunto de reflexões sobre a cegueira do conhecimento.

Comporte-se como em um banquete

 Em meio aos infinitos pensamentos que percorrem nossas mentes a todo momento perdemos de vista o que mais importa. Ou seja, estar verdadeiramente em sintonia com o presente, desconectar a tagarelice e cobranças incessantes que desarmonizam nossas mentes, sem considere primeiro, o que nossa própria natureza é capaz de suportar.

Quando nos deparamos com turbulências em nossas vidas, desejamos ter um manual para nos guiar, palavra por palavra. Isso é exatamente o que é o Encheirídion ou Manual de Epicteto, um manual para a vida, escrito com apaixonada sensibilidade no século II, por Epicteto. Há 1800 anos, as palavras filosóficas de um escravo pobre e com deficiência física chamado Epicteto foram escritas pela primeira vez. Epicteto nasceu como escravo em 55 EC na atual Turquia. Continuou escravizado na casa de um secretário do imperador romano Nero.

“Das coisas existentes, algumas coisas estão sob nosso encargo e outras não. As coisas sob nosso controle são opinião, busca, desejo, repulsa e, em uma palavra, quaisquer que sejam nossas próprias ações. As coisas que não estão sob nosso controle são o corpo, as posses, a reputação, os cargos públicos e, em uma palavra, tudo o quanto não seja ação nossa”. A citação resume o que é a dicotomia de controle,  a compreensão do que está e do que não está sob nosso controle, um ensinamento filosófico para nortear a vida.

O Manual de Epicteto ensina que não são as coisas em si que perturbam as pessoas, mas os julgamentos que pesam sobre elas. O Manual exalta a liberdade que há no exercício daquilo que está sob nosso controle. Intenções e julgamentos são lindamente livres e irrestritos, por isso devemos colocar nossos esforços nos espaços abertos sobre o quais temos controle e muitas vezes não conseguimos, por falta de tempo e habilidade resolver assuntos que são encargos nossos e ainda, tendemos a nos meter sobre a maioria das coisas que não são da nossa conta. Bastaria que cada um cumprisse bem a sua função.

Uma vida de realização e felicidade é estabelecer domínio sobre as coisas que podemos controlar. “Se você depositar suas esperanças em coisas fora de seu controle, tomando para si coisas que pertencem legitimamente a outros, você estará sujeito a tropeçar, cair, sofrer e culpar deuses e homens. Mas se você focalizar sua atenção apenas no que é verdadeiramente seu interesse, e deixar para os outros o que lhes diz respeito, então você estará no comando de sua vida interior. Ninguém poderá prejudicá-lo ou impedi-lo.” — Epicteto.

O Encheirídion é um manual  cujo ponto central é a lição que embora não possamos controlar tudo o tempo todo, sempre podemos ter um controle firme sobre nossas emoções, não apenas inclui esta lição, mas aplica esse conceito de controle a assuntos mais banais, como aprender a lidar com insultos e com a opinião das pessoas sobre nós. Um ensinamento é que na vida devemos nos comportar como em um banquete; Se um prato que está sendo servido chega até você, estenda a mão, toma a sua parte disciplinadamente. A bandeija não passou por você, não a persiga. Ainda não chegou? Não se desespere de desejo, mas espera que o prato venha até você.

Lido apressadamente e fora do contexto, trechos do livro Enchiridion pode parecer uma referência vaga a nos isolarmos dentro das nossas bolhas, nos entregarmos as limitações da nossa zona de conforto. Não estão na sua bolha e na zona de conforto, suas palavras ofensivas e suas decisões mais destrutivas? Não carregas por onde andas o apego, a aspereza e o vazio desconcertante?

Epicteto completa: “Se você deseja ter paz e contentamento, libere seu apego a todas as coisas fora de seu controle. Este é o caminho da liberdade e da felicidade.”

Podemos tentar melhorar as habilidades sociais e podemos tentar despertar julgamentos e desejos que nos torne mais queridos e respeitados, mas, isso não está sob nosso controle direto. Partes do meu caráter dependem de mim, eu sou a causa das partes indesejáveis contidas nele. Este é um ponto sutil, eu sou responsável pelo meu caráter, não posso colocar a responsabilidade por quem sou nos outros ou em circunstâncias passadas. Portanto, sempre que somos impedidos, perturbados ou angustiados, nunca devemos culpar ninguém, mas apenas a nós mesmos.

É ato de uma pessoa mal educada jogar a culpa nos outros quando as coisas vão mal; aquele que deu o primeiro passo para se educar lança a culpa em si mesmo; enquanto aquele que é totalmente educado não lança culpa nem a outro nem a si mesmo.