A honestidade não pode ser programa de governo

Com o início do horário político obrigatório na televisão,  tenho lido reclamações desalentadoras quanto ao nível cultural, falta de discernimento, falsas promessas e falta de escolaridade dos candidatos. Ao assistir os programas percebi razões de sobra para ampliar o desinteresse pelo processo eleitoral que se aproxima. Boa parte de nossos políticos contribui para esse descrédito, mas não nos esqueçamos que fomos nós que elegemos os que se candidatam à reeleição, que foi nossa omissão que permitiu que pessoas sem qualificação alguma fossem escolhidas pelos partidos. Nós, adultos, escolarizados e sendo levados na lábia por discursos vazios e promessas estapafúrdias.
Para escolher um candidato, preferencialmente busque alguém que tenha uma atuação ética, que tenha um currículo de credibilidade e que tenha construído boa reputação ao longo da jornada e que tenha conhecimento dos meandros da política. Vote consciente da sua escolha. E fique de olho depois, para poder cobrar, participar do mandato.

A honestidade não pode ser programa de governo. É um atributo pessoal do qual deveria ser dotado todos os políticos, honestidade não é senão parte integrante da essência, da qual deveriam ser dotados todos os políticos e seus projetos.
Se todos nós votássemos com mais razões e menos emoção, procurando ver o que representa e quem são realmente os candidatos, o que eles fizeram e falaram no passado, certamente teríamos um país melhor, com políticas públicas elaboradas a partir da preocupação com o fosso da desigualdade social.

Importante ficar atentos porque candidatos podem ser transformados em produtos, apresentados, muitas vezes, numa linda embalagem por fora mas sem conteúdo algum por dentro.
Essas frases de certo efeito moral ilustram o livro coordenado pelo jornalista Gilberto Dimenstein, com a colaboração de outros nomes consagrados do jornalismo brasileiro, e cientistas políticos.
Há, é certo, preocupação grande com as mentiras e dissimulações contidas nas campanhas eleitorais brasileiras, razão pela qual, esse time saiu a campo para alertar o eleitor e dá-lhe certo balizamento de como evitar ser enganado pelo jogo de palavras e encenação.
Existem muitas questões a considerar quanto ás eleições. Escolha os seus candidatos com sabedoria. Os políticos decidem sobre questões como a política de segurança, educação, saúde, transporte, limpeza urbana e meio ambiente. Se você se preocupa com esses itens, você deve pensar bem antes de votar.

Se cada eleição nos ensina alguma coisa é que cada voto conta muito. Não podemos estar ocupados demais para participar do processo político ou simplesmente dizer que não nos sentimos atraídos por nenhum dos candidatos. O futuro da nossa cidade depende do nosso comparecimento nas urnas e a escolha não pode definitivamente ser pessoal. È uma escolha que vai refletir no destino a curto e longo prazo das pessoas. Então a questão é racional. A política é uma ciência e como tal, faz-se contas, das quatro operações antes da escolha.  

Votar é um direito que nem todas as pessoas do mundo tem. Ao compreender a definição de democracia, vemos muitos exemplos de como votar transmite liberdade e dá voz. Agora, posto os nomes, não fuja de nenhuma responsabilidade sua como cidadão. Cada voto tem significado, várias eleições foram decididas por um único voto.
Nós vivemos numa democracia, somos livres, mas disso depende as pessoas exercerem os seus direitos.
Certo que as decisões não são irrevogáveis. Escolhas voltam. Mas quatro anos demora muito a passar.

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