No ano de 2000, representantes de 191 países assinaram em conjunto com as Nações unidas, a Declaração do Milênio; um compromisso, considerado importantíssimo para libertar a humanidade da extrema pobreza, do analfabetismo e da fome. Definiram então 8 metas a serem alcançadas até o ano de 2015:
Erradicar a extrema pobreza e a fome;
Atingir a meta universal de conclusão do ensino básico;
Promover a igualdade entre homens e mulheres;
Reduzir a mortalidade infantil;
Melhorar o atendimento a saúde materna;
Combater a AIDS, Malária e outras doenças;
Garantir a sustentabilidade ambiental e
Desenvolver parcerias globais para o desenvolvimento.
No relatório emitido em 2011, assinado pelo Sub- Secretário Geral das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Relações Sociais, Sha Zukang, está o detalhamento da avaliação severa dos avanços ou cumprimento das metas. Ao ler o relatório fica claro que muitas vidas foram salvas ou mudadas para melhor desde que os líderes mundiais assinaram a declaração, que ajudou a definir as prioridades nacionais e depois globais. A pobreza diminuiu em muitos países devido as intervenções focadas nas áreas críticas citadas. A meta estabelecida para 2015 é baixar a taxa de pobreza global para 23% e com esforço redobrado trabalhar com a possibilidade de 15%. Ser pobre, do sexo feminino e ainda viver em uma zona de conflito aumenta
a probabilidade de que a criança vai estar fora da escola, entretanto a taxa de escolarização de crianças na escola primária subiu 7 pontos percentuais desde 1999. As ações direcionadas conseguiram também reduzir a mortalidade infantil, sobretudo devido a melhora na cobertura das vacinas. As incidências de morte por malária foram reduzidas em 20% em todo o mundo e essa meta foi atingida com intervenção rígida dos agentes comunitários de saúde, governos e parceiros. Novas infecções pelo HIV estão diminuindo de forma constante, graças ao aumento dos valores destinados a pesquisas e aumento do número de pessoas recebendo terapias, o que tem reduzido o número de mortes relacionadas à AIDS. O progresso tem sido desigual na melhoria do acesso a água potável e o esforço para garantir isso não surtiu ainda o efeito esperado, muitos países e comunidades encontram-se vulneráveis. As oportunidades de emprego em setores produtivos continuam a castigar as mulheres. O homens preencheram quase todas as vagas, especialmente no mundo em desenvolvimento. Os avanços em saneamento ignoram os pobres e há aproximadamente 828 milhões de pessoas no mundo, vivendo em condições de favelados.
Os líderes mundiais que se reuniram em 2010 para a análise do documento reafirmaram o compromisso com a paz, igualdade, equidade e sustentabilidade e chamaram a atenção para os desafios de estancar as desigualdades e assegurar o acesso de mulheres e meninas à educação básica, serviços de saúde e oportunidades de trabalho. No site do Ministério das Relações Exteriores o assunto é tratado dentro do panorama internacional e o Governo Brasileiro mostra-se comprometido no cumprimento de tais metas, porém enfatiza que é necessário mais empenho dos países ricos para ajudar os mais pobres a vencerem as mazelas da pobreza. Faltando apenas 03 anos para findar o prazo estabelecido no documento, o Brasil anuncia que cumpriu a meta imposta pela ONU de reduzir em 50% o número de pessoas que passam fome. Agora o objetivo é erradica-la. A última década foi de transformação notável e de crises aparentemente intermináveis. Nós vimos milhares de pessoas saltarem da pobreza para as fileiras da classe média, mas enfrentamos problemas persistentes como as doença, pobreza, crises financeiras e guerras. Talvez precisamos mesmo de líderes, que estejam dispostos a enfrentar esses desafios.