São tantas as travessias
Mares revoltos
Fronteiras fechadas
Arames farpados
Homens armados.
É preciso saber nadar
Para não morar no fundo do mar!
Barcos precários, ondas gigantes
Medo gritante
No peito angustia cortante
Mãos que escorregam, corpos escapam
A vida, a morte no mesmo instante.
É preciso saber nadar
Quando nada mais vale o lar.
Milhas de sonhos distantes
Bombas explodem no horizonte
Querem que fiquemos
Inertes e pequenos
A mercê dos homens armados
bravos soldados!