O que vem depois da eleição é tão importante quanto a eleição em si

O grande desafio é lançado após as eleições. Como viveremos os próximos quatro anos é um questionamento vital tanto quanto saber como esses desafios serão superados. Mesmo quem seguiu atentamente o programa de governo dos candidatos, precisa agora de nova posição, pois no nome do novo prefeito recai não apenas desafios e propostas, mas sobretudo responsabilidades.

E embora estejamos acostumados a cobrar resultados instantâneos, os problemas que enfrentamos hoje não serão resolvidos tão rapidamente ou facilmente. É preciso construir um novo momento para Cuiabá, uma cidade castigada pela omissão; sem tempo a perder é preciso centrar fogo na solução dos problemas, é preciso governar com coragem e sem coleira, sem acomodar desejos pessoais na quota das prioridades.

Os laços devem se estreitar entre o prefeito e o povo, a relação recíproca entre ambos é incondicional, sem a qual não seria sequer possível o processo democrático das eleições. Embora não haja nada de errado com o projeto de entusiasmar eleitores, essa etapa acabou. Como pano de fundo agora, vê-se o descaso e o abandono da nossa cidade, a pobreza que alargou na periferia, a falta de médicos no pronto socorro e nas policlínicas, ônibus sucateados, falta de creches…problemas municipais que emergem há tempos sem solução.

Amparado pela Lei 10.609, publicada em 2002, o grupo de transição de governo pode iniciar o trabalho a qualquer momento. O processo tem por objetivo assegurar que o prefeito eleito possa receber informações e dados necessários ao exercício da função, assim que tomar posse. Esse é o momento de troca de conhecimento entre a gestão que termina e o novo governo. Na opinião do professor doutor em Sociologia Política da Universidade de Brasília (Unb) Rodolfo Teixeira, essa operação é absolutamente necessária para que o eleito possa ter uma noção concreta de como fará para implementar suas propostas.

Cuiabá, sob os cuidados do governo do Estado, se prepara para estar à altura de ser uma das cidades sedes da Copa do Mundo em 2014. Aos programas da matriz de responsabilidade da FIFA, como a Arena Pantanal e os centros de treinamentos, somou-se outras grandes obras de infraestrutura e intervenções de mobilidade urbana que estão, a olhos nus, visíveis até para quem tem má vontade de enxergá-las. Estão aí as grandes trincheiras, os viadutos, as travessias urbanas, as obras de desbloqueios que criam novas alternativas de trânsito, a duplicação da ponte que liga Cuiabá a Várzea Grande e ainda programas de capacitação em áreas diversas para melhorar o atendimento ao turista e torcedor que visitar a cidade.

É premente que Cuiabá tenha um governante à altura da sua beleza e importância como centro geodésico da América do Sul.

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