Pegando no tranco

Em artigo recente pesquisadores da UNICAMP revelam que a média dos eleitores indecisos ou ainda desconfortáveis quanto a escolha de candidatos está basicamente igual a das eleições anteriores. Entretanto os candidatos estão lançando mão das mídias sociais, pesquisas, debates e horário político no Rádio e TV como instrumentos para fazer o eleitor “pegar no tranco”.

A seara política é uma questão delicada e a campanha é algo dinâmico, constituída por fatos em movimento e muitas vezes uma eleição se decide dois, três dias antes do pleito.

As narrativas não podem ficar somente no discurso e devem refletir absolutamente a essência do candidato porque hoje em dia a mesma mídia que projeta, serve para o eleitor monitorar as páginas e grupos dos candidatos e conhecer as causas nas quais ele se envolve.

A propaganda na TV tem seu papel diminuído substancialmente e talvez reduzido ao papel de alimentar e esquentar o clima de eleição e não mais, como antes, de vender o candidato.

Estão sendo disputados os votos tanto dos descrentes com a política quanto dos eleitores infiéis, porque sem assumir isso como pesquisa, temos deparado com uma enormidade de cidadãos que com tranquilidade admitem que a escolha não é definitiva e podem sim, mudar de opção antes das eleições.

No caso dos eleitores indecisos, a tendência é que reposicionem os votos e optem por candidaturas que representem uma nova alternativa, já os infiéis, seguem com a prática de apoiar quem garante mais benefícios ou paga mais. Isso aumenta o nível de incerteza na leitura do cenário eleitoral. Enfim está tudo embolado; índice grande de eleitores que ainda não decidiram em quais candidatos vão votar e muitos que “decidiram” podem trair seus candidatos.

Sem contar os cerca de 30%, a mesma média da eleição de 2014, que se dizem dispostos a votar em branco ou anular. Este percentual que é creditado ao desgaste da classe política, aos casos de corrupção que foram denunciados e geraram prisões, o que garantiu uma exposição negativa e generalizada dos políticos. Com tudo isso, a combalida e velha TV não tem poder para atenuar o desinteresse.

É preciso estratégia para convencer o eleitor indeciso a escolher um nome porque senão, estes eleitores vão engrossar os números de votos brancos e nulos ou elevar as chances de haver reviravoltas no pleito, que contará com 74.676 novos eleitores, na faixa etária de 16 a 20 anos. No site do Tribunal Regional Eleitoral lê-se que o órgão fechou o sistema de candidaturas em Mato Grosso, com a inscrição de 515 candidatos, entre estes, alguns concorrerão aguardando o julgamento do processo de registro da candidatura, que por alguma razão, foi indeferida e o candidato recorreu.

Casos de ficha suja, claro!

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