Quando muito, no ápice da gula
Quero sempre tão pouco.
Aprendi a conter, a contar, a acalmar
a compartilhar, dividir e exibir
o que a mim cabe.
Parece pouco? Por que haveria de ter mais?
Imprevidente ou descuidada
Por todos os motivos que eu possa alegar
Mais do que isso seria desperdício
Seria alimentar o vício
De querer o que não cabe, não serve mais.
Vida enxuta, sem sobras
De mágoas, solidão, ansiedade.
Quando muito, no ápice da gula