Prazer, Dor, Paixões (John Locke)

O amor
A principal e primeira de todas as paixões é a mais indócil entre todas as demais e cega, porque o amor não se move até nos propormos algo que é em si mesmo delicioso. O amor se decide apenas por um fim que tenha a secreta faculdade de encantar.
O amor se estende a tudo o que aparentemente é capaz de nos fazer bem.
O ódio apresenta-se como uma ideia na mente disposta a nos adoecer e cuidado, a dor atua mais sobre nós do que o bem e o prazer.
Suportamos a ausência de um grande amor mais facilmente do que a presença de um pouco de dor.
Jamais nos queixamos do sono, que sempre nos furta a sensação de muitos gozos, mas o tomamos por prazer, quando faz cessar qualquer uma de nossas dores.

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