Nos governos democráticos não deveria existir pobres

Lendo um artigo sobre as democracias desenvolvidas, contextualizando a tendência de que as mesmas possuem foco na base industrial e sistemas de governo complexos, a maioria da população deveria ser de ricos e uma minoria pobre. Claro que num governo democrático, além das diferenças sociais, existem as diferenças étnicas, religiosas e de gêneros. Se o regime é democrático, por que existe a exclusão social? Não existiria um meio de abraçar a todos indistintamente numa forma de governo que seria para contemplar plenamente o povo?
O que percebemos é que as democracias ainda dependem do apoio dos ricos e por isso tendem a praticar a política voltada para o favorecimento destes em detrimento das necessidades dos mais pobres. O governo democrático precisa ter moderada propensão ao apetite pelos resultados financeiros encerrado em si.
A grande fraqueza do governo democrático são suas promessas de fazer, onde as vezes, o esforço de enganar ainda é bem maior do que o esforço de realizar.

Os ricos preocupam-se principalmente com a tributação de riqueza em geral e segurança, os pobres se preocupam principalmente com os benefícios gerais do estado de bem-estar, com escolas, hospitais, segurança, transporte e com os impostos que incidem nos bens de consumo básico.
Levantou-se a hipótese de que a solução para a maioria das questões sociais, tendem a ter impacto sobre a classe mais abastada. Grandes mudanças nos níveis das prestações de assistência social podem alterar o nível geral de tributação e isso amarra as decisões de avançar, porque os governos temem a reação dos ricos. Os governos democráticos precisam oferecer ajuda necessária para a sua população mais pobre, mas de maneira que promova o bem-estar e menos dependência. Entretanto, as estratégias de redução da pobreza só surtirão efeitos se houver conhecimento da percepção dos pobres quanto a sua própria condição . E as condições de vida dos pobres, segundo eles mesmos, são críticas e geralmente negativas. Os pobres tem plena consciência da sua falta de voz, poder e independência. A pobreza os deixa vulneráveis à humilhação e os empurra para a ruptura com a convivência saudável.

É preciso parar de pensar nos poucos, para cuidar de todos. Só assim estreitaremos a lacuna que separa os ricos dos pobres.
Onde quer que ocorra, a pobreza contribui significativamente para a desarmonia social, para o sofrimento e conflitos. Se continuarmos nosso caminho atual vamos permitir que esta lacuna fique cada vez maior. Devemos também sentir a responsabilidade para com os indivíduos pobres da nossa comunidade, nós devemos despertar para a compaixão por aqueles que sofrem, porque a compaixão afirma os princípios da dignidade e igualdade para todos, porém devemos também nos comprometer em assegurar a justiça social, abraçando a causa da redução da pobreza. O governo brasileiro anunciou na noite do domingo, Dia das Mães, o lançamento da Ação Brasil Carinhoso. Segundo a presidenta, um programa para tirar da miséria absoluta todas as famílias brasileiras que tenham crianças com até 6 anos de idade. Para a presidenta é profundamente triste que as situações de extrema pobreza se concentrem com mais força entre crianças e jovens, razão pela qual, o programa prevê a construção de 1.500 creches em todo o país.

Em um discurso antigo, o Dalai Lama disse:“Se somos sérios em nosso compromisso com os princípios fundamentais da igualdade, que eu acredito estar no cerne do conceito de direitos humanos, a disparidade econômica de hoje não pode mais ser ignorada. Não basta apenas dizer que todos os seres humanos devem gozar de igual dignidade. Isso deve ser traduzido em ação.”

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