O mundo desproporcional em Hobbes

Um semestre inteiro na UFMT, estudando basicamente o pensamento de Hobbes e Rousseau fez-me entender o desdobramento e as transições sofridas pelo mundo político.
Encantei-me com o mundo desproporcional e irracional de Hobbes. O homem visto em seu estado de natureza, que é um estado de guerra permanente, da paixão do homem pela disputa e pela vantagem em meio a muita desconfiança.
Na teoria do Estado de Hobbes é impossível entender que um homem tenha poder sobre outro ou direito de mando.
Em Hobbes, o bom governo das ações do homem consiste no bom governo de suas opiniões.
Hobbes estrutura o mundo na inexistência de lei e baseado no estado com poder absoluto. O povo decidiria quando houvesse uma quebra de confiança, pois só o homem que confia no poder é capaz de ver quando se abusa do poder.
O estado de natureza em Hobbes leva os homens a se relacionarem numa posição constante de medo, de guerra de todos contra todos, porque a razão não é uma força reguladora dentro das condições naturais de liberdade.
O homem, neste estado pleno de liberdade e poder, não consegue criar relações equilibradas, cada um acaba prevenindo-se com a força que possui.

Enfim, o estado de natureza restringe projetos individuais e então o Estado controlador surge, para tirar os homens desse estado permanente de guerra.
Hobbes não enxerga a diferença entre os homens, acreditava que a natureza os tinha feito tão iguais, que embora fosse possível encontrar um homem de corpo ou espírito mais vivo que o outro, se levado em consideração o conjunto, não existiria diferença considerável.

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